quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CCJC do Senado adia decisão sobre PEC do Diploma (Fonte:O Jornalista)

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) do Senado Federal adiou a votação da PEC 33/2009, de autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB/SE), que dá nova regulamentação à profissão e restaura a exigência do diploma para o exercício profissional do Jornalismo. A votação marcada para hoje (25), só deverá ocorrer na próxima quarta-feira (02/12), quando o relatório do senador Inácio Arruda (PCdoB/CE) que é favorável à aprovação da proposta, abrirá a pauta de votações da Comissão.

A boa notícia é que o senador paulista Eduardo Suplicy (PT) anunciou que votará a favor dos jornalistas. Já a posição do senador Mercadante continua uma incógnita, ele não quis adiantar seu voto.

Sabemos que não é, nem será o diploma que impedirá equívocos e desvios, mas os riscos serão muito menores para a sociedade com jornalistas profissionais por formação e com compromisso público. Hoje, no Brasil, nove famílias dominam os conglomerados de comunicação. Isto é monopólio da informação, algo inadmissível em uma democracia. Imagine o poder que será dado a essas pessoas se aceitarmos que elas passem a dizer quem pode e quem não pode ser jornalista. Isso na prática é o que decidiu o STF. Um equívoco que precisa ser revisto.

O STF confundiu liberdade de expressão com liberdade de imprensa e desconsiderou os tratados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre os direitos dos trabalhadores à regulamentação profissional e a se organizarem livremente em entidades que os defenda.

Precisamos ficar atentos, principalmente às manobras dos senadores que ou são donos de veículos de comunicação ou prepostos de seus proprietários. "Sabemos que os donos da mídia tentarão impedir a aprovação. Por isso nossa mobilização e busca de sensibilização dos senadores", alerta o presidente da Federção Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Sergio Murillo de Andrade

Entre em contato com os senadores de seu Estado e solicite o apoio para a PEC. Essa luta também é sua! A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) do Senado é composta por 23 titulares e 23 suplentes. O presidente é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o vice é o senador Wellington Salgado (PMDB-MG). Abaixo seguem os e-mails dos integrantes da CCJC. Escreva para eles.

Titulares

Serys Slhessarenko (PT-MT) serys@senadora.gov.br

Aloizio Mercadante (PT-SP) mercadante@senador.gov.br

Eduardo Suplicy (PT-SP) eduardo.suplicy@senador.gov.br

Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) antval@senador.gov.br

Ideli Salvatti (PT-SC) ideli.salvatti@senadora.gov.br

João Pedro (PT-AM) joaopedro@senador.gov.br

Pedro Simon (PMDB-RS) simon@senador.gov.br

Almeida Lima (PMDB-SE) almeida.lima@senador.gov.br

Gilvam Borges (PMDB-AP) gilvamborges@senador.gov.br

Francisco Dornelles (PP-RJ) francisco.dornelles@senador.gov.br

Valter Pereira (PMDB-MS) valterpereira@senador.gov.br

Wellington Salgado (PMDB-MG) wellington.salgado@senador.gov.br

Katia Abreu (DEM-TO) katia.abreu@senadora.gov.br

Demóstenes Torres (DEM-GO) demostenes.torres@senador.gov.br

Osvaldo Sobrinho (PTB-MT) osvaldo.sobrinho@senador.gov.br

Marco Maciel (DEM-PE) marco.maciel@senador.gov.br

Antônio Carlos Jr (DEM-BA) acmjr@senador.gov.br

Álvaro Dias (PSDB-PR) alvarodias@senador.gov.br

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) jarbas.vasconcelos@senador.gov.br

Lucia Vânia (PSDB-GO) lucia.vania@senadora.gov.br

Tasso Jereissati (PSDB-CE) tasso.jereissati@senador.gov.br

Romeu Tuma (PTB-SP) romeu.tuma@senador.gov.br

Osmar Dias (PDT-PR) osmardias@senador.gov.br

Suplentes

Renato Casagrande (PSB-ES) renatoc@senador.gov.br

Augusto Botelho (PT-RR) augusto.botelho@senador.gov.br

Marcelo Crivella (PRB-RJ) crivella@senador.gov.br

Inácio Arruda (PCdoB-CE) inacioarruda@senador.gov.br

Cesar Borges (PR-BA) cesarborges@senador.gov.br

Marina Silva (PV-AC) marinasi@senado.gov.br

Efraim Morais (DEM-PB) efraim.morais@senador.gov.br

Adelmir Santana (DEM-DF) adelmir.santana@senador.gov.br

Raimundo Colombo (DEM-SC) raimundocolombo@senador.gov.br

Jose Agripino (DEM-RN) jose.agripino@senador.gov.br

Eliseu Resende (DEM-MG) eliseuresende@senador.gov.br

Eduardo Azeredo (PSDB-MG) eduardo.azeredo@senador.gov.br

Marconi Perillo (PSDB-GO) marconi.perillo@senador.gov.br

Arthur Virgilio (PSDB-AM) arthur.virgilio@senador.gov.br

Flexa Ribeiro (PSDB-PA) flexaribeiro@senador.gov.br

Gim Argello (PTB-DF) gim.argello@senador.gov.br

Flavio Torres (PDT-CE) flaviotorres@senador.gov.br

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um vazio...um espaço...uma passagem...

A gana de buscar seus ideais, a luta por um lugar ao sol. Um momento de solidão, os dedos percorrem o teclado, parecem que se guiam sozinhos, escrever é o mesmo que se alimentar. Não sei o que fazer se é isso que amo. As incertezas circundam o pensar, o medo ah! Esse é um velho conhecido. Pare e olhe o que passou, você cresceu, amadureceu e se fez brilhar. Agora mostre a todos o que tens.
Pare de lançar palavras ríspidas ao vento, se concentre, reflita e voe..... o mais alto que puder, sem medo de cair. Não se compare a ninguém, a não ser que isso te traga bons conselhos. Agora é a hora!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

UTI para o Brasil


Partindo do "EU JÁ SABIA", o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira em declaração dada ao jornal O Estado de São Paulo confirmou que será utilizado dinheiro público na reforma de oito estádios para o mundial de 2014. Vocês querem saber qual foi a justificativa do Texeirinha? É simples: " Esses estádios são do governo. Necessariamente, (a reforma deles) vai ter que envolver governo".
O que difere muito do discurso que o próprio Ricardo Teixeira e o Ministro dos Esporte, Orlando Silva tinham em 2007 de não utilizar o dinheiro público na reforma ou na construção de estádios para a Copa. Isso demonstra que a palavra de um presidente(CBF) vale mais que de outro presidente (da República) e podemos concluir que muitos empresários não são tão idiotas como eles imaginaram.
Mas não tem problema manda a conta para povo, afinal já estamos acostumados a vestir um nariz de palhaço!

PS: Por favor um desfibrilador urgente!!!!!! Reage BRASIL!!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Só o contribuinte se ................ (você caro leitor complete ao seu modo)

Um assunto que vem passando pela minha cabeça há algum tempo é a Copa do Mundo de Futebol de 2014 no Brasil, mas especificamente o dinheiro destinado à reforma dos estádios. Tenho visto na mídia a divulgação da previsão (ressalto que é a PREVISÃO) dos gastos que as 12 cidades que vão sediar os jogos da Copa farão para adequarem seus estádios as exigências da FIFA. São elas Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Pelos planos das cidades-sedes, os estádios da Copa 2014 custarão bem mais do que a estimativa inicial da CBF em 2007. A maioria dos 12 projetos envolve PPPs (Parcerias Público-Privadas), com abertura para uso de dinheiro público. O prazo para a entrega dos estádios é para o final de 2012 já que em 2013 se tem a Copa das Confederações que deve ser disputada no país sede da Copa do Mundo, neste caso o Brasil.

O receio com este assunto é porque como bem foi dito em parágrafo anterior, apesar da maioria dos projetos utilizarem dinheiro de parcerias privadas, haverá também a contribuição de dinheiro público. Sim, caro contribuinte, eu, você e todos novamente pagaremos o pato!

Para se ter uma ideia, somente com a promoção da candidatura do Brasil para trazer a Copa, foi gasto algo em torno de R$ 1,5 milhão. É claro que você questionará que um evento como este proporcionará geração de empregos, a melhoria da infraestrutura urbana da cidade e a atração de investimentos do setor privado, e porque não dizer também, do público. São justificativas incontestáveis, de fato, países que promovem esses eventos atraíram milhares de pessoas durante as competições, melhorando a urbanização das cidades e atraíram capital. É o caso da Alemanha 2006, e China com a Olimpíada de Pequim. Mas nesses Países, o diferencial é que o projeto esportivo foi concebido para durar. Leis foram criadas para garantir verbas de manutenção aos estádios e complexos olímpicos, além de parcerias com a iniciativa privada, como concessão e até privatização.

Mas o Brasil não tem essa cultura, podemos exemplificar! No Rio de Janeiro, após o Pan-Americano de 2007, não há mais competições de atletismo no Engenhão; apartamentos da Vila Olímpica estão abandonados porque não foram vendidos, estão emperrados pela burocracia pública, diante deste cenário real, não teatral quais as garantias que os governos estaduais darão para assegurar que a gastança com a copa de 2014 terá retorno aos cofres público e, claro ao bem-estar do contribuinte? Até agora nenhuma, sem falar na corrupção dos políticos que direcionam as licitações públicas como bem frisou o Senador Jarbas Vasconcelos do PMDB que o seu partido é um partido de corruptos. Considerando que a cultura brasileira é fazer política com obra pública e não fazer política pública com obras, podemos esperar tudo, menos benefícios urbanos sociais e econômicos, com essas pretensões esportivas brasileiras.

Só que devemos ficar em alerta com os projetos faraônicos propostos por alguns Estados, pois se transformarão em elefantes brancos. Deputados criaram comissões para analisar projetos e execuções orçamentárias relacionados aos gastos relacionados ao evento (o que não garante nada!). Somente na construção e reforma de estádios, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que serão necessários aproximadamente R$ 2,8 bilhões. E somente três deles – Morumbi (São Paulo), Beira-Rio (Porto Alegre) e Arena da Baixada (Curitiba) – terão o custo coberto totalmente pela iniciativa privada.

O presidente Lula, disse, que a União só financiará serviços de infraestrutura nas cidades, e não dará nenhum centavo para os estádios de futebol. A decisão foi tomada após o governo ter assumido as obras dos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, realizados em 2007. Na época, o governo federal bancou mais de R$ 3,3 bilhões por conta do atraso nas obras do Pan. Boa parte deles na construção dos equipamentos dos jogos. Para a Copa, a União deverá arcar com a maior conta. A tendência é que os valores sejam divididos entre municípios, estados e os ministérios.
Toda essa mobilização me faz refletir novamente que quando o governo quer agir, ele faz e resolve. Não sou contra a realização da Copa, somente irei contribuir para algo que não vai mudar a realidade do país onde eu moro e muito menos a minha cidade. Os postos de saúde continuarão lotados e com um péssimo atendimento, emprego com carteira assinada será cada vez mais difícil, a segurança pública continuará o caos. Sei que um pouco de otimismo não faz mal a ninguém, mas não podemos ser tão alienados e acreditarmos que eventos deste porte trarão benefícios ao país. Vale lembrar que a Copa virá em ano de eleição, 2014, onde a presidência e os governos estaduais estarão em disputa. Muitos políticos torcem para que ela seja seu maior cabo eleitoral.

Poucos estados têm previsão de quanto gastará para deixar as cidades aptas para receber a Copa. Mas os poucos que foram divulgados levam a crer que a conta final a ser paga pelo contribuinte terá muitos zeros.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Silêncio prematuro


O mundo foi surpreendido por uma notícia triste nesta quinta-feira 25 de junho de 2009, a morte de Michael Jackson. Todos de alguma maneira lamentam a perda deste ícone pop, com suas danças e coreografias sincronizadas que se tornaram a sua marca registrada.
O garoto afro-americano de cinco anos de idade que liderava a banda Jackson 5 formada com seus irmãos, fez músicas a todas as raças e classes sociais em uma época que os Estados Unidos “era” (ou ainda é) extremamente racista.
A vida de Michael Jackson sempre foi marcada por escândalos e excentricidade, a mudança em sua aparência foi o que mais chocou a todos, os mistérios que rondavam a sua história tornaram-se parte da imagem que se criou de Jackson. Produto de uma indústria capitalista deixou de fazer aquilo de que gostava, cantar prazerosamente, e iniciou uma vida de riquezas e desastres.
O problema em lidar com a fama foi sua sentença de morte, com declarações de que gostaria de ser uma eterna criança e obcecado por cirurgias plásticas que o deformaram, demonstra um desequilíbrio e uma busca por algo que jamais saberemos.
Lembrarei como um verdadeiro "King of Pop" que trouxe em suas músicas e danças a quebra de paradigmas, que se deixou levar por esse mundo obscuro que é o show business. Sai de cena quando se preparava para retornar aos palcos.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Acredito no conhecimento, não no improviso


O jornalismo é um trabalho árduo, gratificante, de uma ideologia e dedicação total. É lamentável, é decepcionante e ultrajante para todos aqueles que buscam através de uma formação superior, prestar um serviço de qualidade a decisão do STF que extinguiu a obrigatoriedade do diploma para exercício da profissão. Principalmente em um país onde há visivelmente a carência de informação, as autoridades ao invés de estimularem o estudo, induzem as pessoas que para exercer a função de informar, basta ir aprendendo com os erros. Para ser jornalista é necessário ter sensibilidade, entender de ética e cidadania, ter curiosidade para levantar o tapete e varrer para fora o lixo que esses ministros acumulam. O diploma de jornalista não é um pedaço de papel que você consegue por bom comportamento, é uma ciência, é o estudo de técnicas que ensinam à prática profissional igualmente qualificada e baseada em preceitos éticos e democráticos. Essa decisão é o atestado da falta de informação de pessoas que chegam ao poder sem a visão de que, o resultado de um país onde não se estimula a educação (leia-se também: formação profissional) é uma nova forma de ditadura.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Algo assim!!


Caminhei até aqui procurando algo que estimulasse e que me realizasse. Mas só encontrei ilusões e mentiras, agora estou perdida no meio do nada, não sei pra onde corro, não sei onde me escondo. Faço-me perguntas que nem mesmo eu sei responder, é um vazio que persiste, é um sentimento estranho que invade os pensamentos. Enfim, são sinais que eu não sei decifrar!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Cadê as cores!


Hoje o céu está cinza, igual a China de Mao, as cores foram proibidas. O senhorzinho que empurrava aquele carrinho de papelão também deve pensar assim, ou não, às vezes quem tem tão pouco, reclama menos e trabalha mais. Tendo ser otimista, mas durante o caminho que percorro para ir ao meu trabalho, a realidade me grita. Pareço uma inútil, me sinto assim, o que faço para mudar está questão. Já me disseram que o meu idealismo e minha ética, não me levaram a nada. Estou começando a acreditar nisso.
Realmente queria contribuir de alguma maneira, penso e repenso, mas nada surgi de espetacular. Ficar esperando sinceramente não é do meu perfil. Bom, vou tomar um remédio pra dor de cabeça, assim posso pensar melhor!

Encontrei isso escrito na minha agenda:
“Não somos responsáveis apenas pelo que fazemos, mas também pelo que deixamos de fazer”.

Ana Paula

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


"Só uma coisa torna o sonho impossível: o medo de fracassar"

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O Autor na Praça recebe a equipe da revista Ocas"


A equipe da revista Ocas", produzida pela Organização Civil de Ação Social (OCAS), estará neste sábado, 7/2, às 14h, no projeto O Autor na Praça, na Praça Benedito Calixto, em Pinheiros.

A publicação é um projeto social que visa colaborar na reintegração na sociedade, de pessoas em situação de risco social.

Os vendedores apresentarão a revista, contarão suas histórias e ainda apresentarão seus livros e suas poesias.

Os voluntários da Organização darão apoio às apresentações e estarão à disposição para esclarecer dúvidas sobre os projetos da OCAS, entre eles, o da própria revista Ocas", o do Futebol Social, o da Terapia Ocupacional e o de Psicodrama.

Cerca de 1500 pessoas já atuaram como vendedores da revista Ocas''. Os resultados foram tão positivos, que a maioria fortaleceu a auto-estima, retomou a vida no ambiente familiar, voltou aos estudos e muitos até conquistaram um emprego.

Venha conhecer um projeto que preza por uma sociedade justa, democrática e participativa!

Praça Benedito Calixto – Pinheiros
Sábado 7/2, às 14h

Assessoria de Comunicação da OCAS:
Yara Verônica Ferreira - celular: (11) 9436-9440
E-mail: yara_veronica@yahoo.com.br

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Pensar


O poder quando não corrompe, distorce as melhores intenções individuais e destila as suas ironias.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Jornalismo Cidadão

Reproduzo aqui um post muito interessante do jornalista Carlos Castilho,que fala sobre as ferramentas que a internet pode fornecer para auxiliar na comunicação entre o jornalista e o cidadão.

É um assunto no qual acredito ser de grande importância, já que para ter cidadãos conscientes do seu papel dentro de uma sociedade é necessário uma troca de ideias e conceitos.

Ana Paula Popolin


Uma conversa com os leitores sobre a tal de crowdsourcing
Carlos Castilho - Site Observatório da Imprensa/Editoria Código Aberto


Jornalismo cidadão, produção colaborativa, inteligência coletiva e sabedoria das multidões são algumas das expressões que povoam o universo dos blogs sobre comunicação. Mas entre as idéias que elas propõem e a realidade ainda existe uma distância considerável. A distância é entre o que dizemos e o que fazemos, entre a retórica e a participação.

Há duas semanas publiquei aqui no Código um post sobre comentários publicados pelos leitores, numa tentativa de tornar mais próximo o diálogo. Vou continuar nesta direção porque o jornalismo está deixando de ser um discurso para ser uma conversa. Para que haja um diálogo é preciso que as pessoas troquem a posição de espectadores pela de protagonistas.

Cresce cada vez mais o número de jornais que buscam na aproximação com o leitor a fórmula para encontrar sair da crise em que as publicações impressas estão mergulhadas. Mas estas tentativas, por mais bem intencionadas que sejam, enfrentam todas um mesmo dilema: criar ferramentas para chegar perto do leitor não resolve nada se o leitor não participar.

Esta participação também não surge da noite para o dia. Ela terá que ser construída conjuntamente por autores e leitores. Inclusive aqui no Código Aberto. O norte-americano Dan Gillmor cunhou a frase “os leitores sabem mais do que os jornalistas” e até hoje, quando ela é mencionada, o debate pega fogo. A cultura da imprensa estabeleceu que os jornalistas sabem o que os leitores precisam conhecer para serem bons cidadãos.

Na comparação um a um, é claro que um jornalista sabe mais do que um leitor. Mas se tomarmos em conta que os leitores são milhares ou milhões, fica fácil entender que não há profissional no mundo, por melhor que ele seja, capaz de ter um conhecimento individual superior ao da soma dos conhecimentos dos seus leitores. Até agora, os leitores estavam isolados por falta de ferramentas capazes de transformá-los numa multidão dinâmica e interativa.

A internet operou este milagre, e o público passou a poder manifestar-se de forma coletiva e interativa. É o que os especialistas chamam de crowdsourcing (as multidões como fonte de conhecimento). Como várias outras idéias na internet, conseguimos entender melhor o funcionamento da crowdsourcing mais na prática do que na teoria. Um exemplo concreto é a Wikipédia e todas as páginas web que se apóiam em recomendações e críticas de consumidores.

Antes de comprar qualquer coisa na internet, a maioria esmagadora dos usuários procura saber primeiro o que pensam outros consumidores. É um hábito consolidado. Mas quando se trata de informações, a situação muda. O público só tem a imprensa como referência e, como falei antes, ela é inevitavelmente limitada na oferta de opiniões diversificadas. Só dá para saber quais as notícias, dados e informações confiáveis se o público participar. É claro que esta participação diminui a função mediadora dos jornalistas e reduz o papel do jornal como formador da agenda pública de debates.

Para encurtar a conversa, é necessário que os leitores se dêem conta desta mudança e passem a ocupar o seu papel na crowdsourcing, porque eles serão os principais beneficiados pela diversificação das opiniões e informações. Para que isto aconteça, são necessárias experiências parciais cujos resultados serão cumulativos, sem a menor dúvida. O Código está aberto para uma experiência de interatividade mais profunda entre autor e leitores.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Change we can believe in


Filho de um queniano e uma norte americana branca, uma história de vida aparentemente igual a tantas outras que enfrentaram preconceitos e necessidades. Mas diferente em querer enfrentar todos os obstáculos colocados à sua frente.

Barack Hussein Obama, foi o primeiro afro-americano a obter a indicação de um grande partido político nos EUA. Algumas características como o jeito refinado de falar, domínio de uma retórica eloquente e elevada, a capacidade de inspirar o entusiasmo de jovens eleitores e o uso sofisticado da internet como ferramenta da campanha denota o perfil do “candidato do século 21”.

Sua história política revela que a crítica à guerra do Iraque tem sido uma de suas marcas registradas, mesmo antes da guerra começar, quando ele advertia que para qualquer ação militar seria baseada “não em princípios, mas em política”.
O lema da campanha “Yes, we can”, reflete em cada pessoa um significado diferente. De que deve partir de nós, toda e qualquer mudança que realmente queremos. Mesmo que por apenas um dia, todos tenham o mesmo pensamento e sonhe por alguns instantes que sim, nós podemos.

Não sei o que acontecerá neste novo sonho americano, mas espero a mudança na qual podemos acreditar.


Ana Paula Popolin

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Momento Down

"O mundo está nas mãos daqueles que tem coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos"